Nota política - Mãe Bernadete
- Coletiva Mahin
- 13 de jan.
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Nós mulheres negras, da Coletiva Mahin - Organização de Mulheres Negras para os Direitos Humanos, com sede na Bahia, vimos a público manifestar nossa dor, revolta e indignação com este ato brutal de violência do assassinato de Dona Bernadete, Mãe Bernadete, liderança Quilombola, do Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
Mãe Bernadete, além da fibra e da coragem, exercia liderança política, religiosa e cultural do seu território, com determinação e acolhimento. Sempre aguerrida e disposta e enfrentar os poderosos, liderava, há mais 30 anos, a defesa do seu território e a luta nacional pelo direito a terra quilombola.
Exigimos apuração rigorosa, exigimos uma resposta a toda a sociedade baiana, mas principalmente à família de Dona Bernardete, que desde 2017 já lutava por justiça diante do brutal assassinato do seu filho Flávio Gabriel dos santos, conhecido por todas nós como Binho do Quilombo.
Neste momento nos manifestamos por políticas de controle e participação nas políticas de segurança pública, para que a população negra, do Campo e das Cidades tenha direito à investigação e a resposta dos crimes cometidos contra esta maioria que compõe à população baiana.
Os crimes devem ser apurado com rigor e celeridade e que o território deve ser imediatamente titulado.
E os outros familiares e a comunidade devem ter a proteção efetiva.
Mãe Bernadete segue com a força dos ventos e com o esplendor do Arco-íris!
E todos os anos quando celebrarmos o São Gonçalo, faremos em sua memória!
Olorum Kosi Purê!
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